FUGITIVOS – CAPÍTULO 2

Com a cidade praticamente destruída, a mobilidade também ficara difícil. As estradas estavam parcialmente esburacadas, com várias crateras e pedaços de pedras espalhados para todo canto.

– Recebemos um comunicado de que, as cidades vizinhas doaram verbas para ajudar a reconstruir nossa cidade – declarou Jailson, enquanto o carro pulava.

– Exatamente – concordou Carlos ao volante – Tivemos diversas verbas e ajudas para a reconstrução da cidade e quanto mais rápido reconstruir, melhor será para todos.

– Acho que o primeiro passo é a organização da delegacia, estamos vulneráveis demais assim – acrescentou Jailson.

– Gente, será que só eu estou acreditando que nada de ruim vai acontecer? – indagou Martin.

– Depois do iremos lhe mostrar, você vai mudar de ideia rapidinho – salientou Carlos freando o carro – Certo, vamos descer aqui.

A estrada esburacada estava cercada por matos e entulhos. Jailson e Carlos guiaram Luke e Martin floresta adentro. Não caminharam muito até poderem enxergar a cena horrenda.

– Mas que merda… – resmungou Luke.

Uma mulher estava pregada numa árvore envolvida por arame farpado. O corpo deformado por diversos pregos que seguravam-a.

Entretanto, ao pé da árvore escrito em sangue havia uma mensagem.

– Nós vamos pegar vocês, detetives – leu Martin, um pouco atônito.

– Ainda acredita que nada ruim vai acontecer, Martin? – questionou Carlos.

– Já tem alguma pista sobre o suspeito? – Luke analisava preocupado procurando algum vestígio.

– Considerando a hipótese de que Arbost destruiu a prisão, temos uma lista bastante extensa de suspeita – explicou Carlos.

– Que ótimo! Todos os bandidos, seriais killers e toda espécie de maníacos soltos por Castle Rock fazendo a festa. Estamos num barco furado… – resmungou Luke inconformado.

– Luke, pare com seu pessimismo – repreendeu Martin – Em primeiro lugar, não são todos os bandidos da cidade, parece que se resume a um grupo específico, talvez quatro pessoas. Alguns dos que nós prendemos. Se analisar a mensagem verá que o motivo disso é vingança.

– Acho que isso não ajuda muito, Sherlock Martin – retrucou Luke – Pense em quantos bandidos nós colocamos atrás das grades. E quantos deles não gostariam de ver a gente pregado numa árvore!

– Não é bem assim, Luke. Mesmo que o número de bandidos colocados na cadeia por nós seja grande, poucos deles teriam a ideia de se aliar ao outro em busca de vingança. Aproveitariam a primeira oportunidade para fugir. Poucos buscariam vingança e o número diminui quando se fala em alianças. Não andam em bandos ou são de uma organização – Martin respirou – Ou seja, ainda tem alguém no comando para uni-los.

CONTINUA…

POR NAÔR WILLIANS (ÔMEGA PRODUÇÕES)